Lei Ordinária Municipal nº 5.145, de 29 de dezembro de 2011

Identificação Básica

Norma Jurídica

Lei Ordinária Municipal

5145

2011

29 de Dezembro de 2011

DISPÕE SOBRE A REGULARIZAÇÃO DE CONSTRUÇÕES EM DESACORDO COM AS NORMAS LEGAIS, E INSTITUI TAXA DE INDENIZAÇÃO E REVOGA A LEI Nº 3.747, DE 13 DE JULHO DE 2004.

a A
Vigência a partir de 16 de Julho de 2019.
Dada por Lei Ordinária Municipal Legislativa nº 218, de 16 de julho de 2019
Dispõe sobre a regularização de construções em desacordo com as normas legais, e institui taxa de indenização e revoga a Lei n." 3.747, de 13 de julho de 2004.
    O Prefeito Municipal de Erechim, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de atribuições conferidas pelo Artigo 64, Inciso V da Lei Orgânica do Município:
      Faço saber que o Poder Legislativo aprovou, e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:
        Art. 1º. 
        A Administração Pública Municipal é autorizada a regularizar as construções executadas, clandestinas ou irregulares não conformes com os projetos aprovados, procedendo-se na forma estabelecida nesta Lei.
          Art. 2º. 
          São regularizáveis, ainda que em desacordo com as normas legais e com dispositivos de controle das edificações do Plano Diretor, desde que não situados em logradouros públicos oficializados pelo Município ou em condomínios por unidades autônomas:
            I – 
            as edificações destinadas a residências unifamiliares, bem como os aumentos e reformas nelas executadas; 
              II – 
              as edificações de habitação coletiva, bem como os aumentos e reformas nelas executadas;
                III – 
                 as edificações destinadas a atividades não residenciais, bem como os aumentos e reformas nela executadas, observados o zoneamento de usos estabelecidos pelo Plano diretor.
                  Parágrafo único  
                  Para efeito da aplicação dos itens I a Ill, entende-se como regularizáveis as obras ou edificações no estágio em que se encontram, já consolidado o espaço fisico.
                    Art. 3º. 
                    Dará direito à regularização, aquelas obras clandestinas ou irregulares que tenham sido construí das até 31 de agosto de 2011.
                      Art. 3º. 
                      Dará direito à regularização, aquelas obras clandestinas ou irregulares que tenham sido concluídas até 31 de dezembro de 2018, podendo ser regularizáveis as edificações com processo e aprovação protocolados até 31 de Dezembro de 2019, desde que atendam as especificações contidas nas Leis Municipais n.° 6.256, 6.257, 6.258, 6.259 e 6.260, todas do ano de 2016, e suas respectivas alterações.
                      Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Ordinária Municipal Legislativa nº 214, de 17 de maio de 2019.
                        Art. 3º. 
                        Dará direito à regularização, aquelas obras clandestinas ou irregulares que tenham sido concluídas até dezembro de 2018, podendo ser regularizáveis as edificações com processo e aprovação protocolados até 31 de Dezembro de 2019, desde que atendam as especificações contidas nas Leis Municipais n.° 2.595, 2.596, 2.597, 2.598 e 2.599, todas do ano de 1994.
                        Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Ordinária Municipal Legislativa nº 218, de 16 de julho de 2019.
                          Art. 4º. 
                          É condição para a aprovação das obras irregulares ou clandestinas, o pagamento de multa indenizatória, conforme disposição do artigo 6.° desta Lei.
                            Art. 5º. 
                            Para a obtenção dos benefícios previstos nesta lei, a parte interessada deverá, no prazo de até 18 (dezoito) meses da sua promulgação, requerer a regularização, instruindo o pedido com os seguintes documentos:
                              I – 
                              Projeto arquitetônico e projetos complementares que contenha a obra existente e os acréscimos a regularizar;
                                II – 
                                Laudo técnico, com a correspondente Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA;
                                  III – 
                                  Comprovação de que a obra clandestina ou irregular apresenta condições de segurança e habitabilidade;
                                    IV – 
                                    Prova de que a construção tenha sido efetuada antes de 31 de agosto de 2011;
                                      V – 
                                      Comprovante do recolhimento da multa indenizatória, indicada no artigo 4.° desta Lei.
                                        Art. 6º. 
                                        Fica instituída a multa indenizatória, a qual será calculada sobre o metro quadrado de construção excedente em desacordo com a legislação vigente, tendo como valor de referência o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) do mês do pagamento, obedecendo para cada situação, o percentual correspondente ao tipo de edificação nas seguintes proporções:
                                          I – 
                                           para edificações destinadas às residências unifamiliares, bem como os aumentos e reformas nelas executadas:
                                            a) 
                                            Alvenaria: 25% (vinte e cinco por cento) do INCC;
                                              b) 
                                              Mista: 18% (dezoito por cento) do INCC;
                                                c) 
                                                Madeira: 12% (doze por cento) do INCC;
                                                  II – 
                                                  para edificações de habitação coletiva, unidade autônoma e/ou áreas condominiais, bem como os aumentos e reformas nas mesmas executadas:
                                                    a) 
                                                    25% (vinte e cinco por cento) do INCC.
                                                      III – 
                                                      as edificações destinadas às atividades não residenciais, bem como os aumentos e reformas nelas executadas, observado zoneamento de uso estabelecido pelo Plano Diretor:
                                                        a) 
                                                        25% (vinte e cinco por cento) do INCC.
                                                          § 1º 
                                                          É devida também a multa indenizatória para aquelas regularizações que não tenham atendido, no mínimo, 4 (quatro) metros de recuo para ajardinamento, não respeitados os recuos laterais e de fundos.
                                                            § 2º 
                                                            A multa indenizatória de que trata o § 1º será de 10% (dez por cento) do valor venal do terreno incidindo, somente, sobre aquela área utilizada irregularmente.
                                                              Art. 7º. 
                                                              Esgotado o prazo indicado no caput do artigo 5.°, sem que a parte interessada tenha requerido a regularização, incidirá multa anual de 2% (dois por cento) sobre o valor venal do imóvel edificado, sem prejuízo das medidas judiciais cabíveis.
                                                                § 1º 
                                                                A multa indicada no caput deste artigo somente passa a ser devida e contada a partir do exercício seguinte àquele em que a parte interessada perdeu os direitos de regularizar a obra.
                                                                  § 2º 
                                                                  A multa indicada no caput deste artigo fica limitada a 20% (vinte por cento), somadas as porcentagens anuais sobre o valor venal do imóvel.
                                                                    Art. 8º. 
                                                                    Entende-se por valor venal, para efeitos desta lei, aqueles utilizados para fins de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
                                                                      Art. 9º. 
                                                                      O valor das multas indenizatórias estabelecidas nesta lei serão destinados ao Fundo Municipal de Habitação. 
                                                                        Art. 10. 
                                                                        Ficam anistiados os lançamentos de multas com base no artigo 6.° da Lei nº 3.747/04 e alterações. 
                                                                          § 1º 
                                                                          Ficam também anistiados os lançamentos de multas com base nos artigos 41 e 42 da Lei nº 2.599/97 alterada pela Lei nº 4.847/10.
                                                                            § 2º 
                                                                            Os beneficios concedidos pelo caput deste artigo e seu §1.° não conferem qualquer direito à restituição ou compensação de importâncias já pagas ou compensadas. 
                                                                              Art. 11. 
                                                                              Ao interessado que regularizar obras com base nesta lei não incidirá a multa estabelecida pelo artigo 42 da Lei nº 2.599/94.
                                                                                Art. 12. 
                                                                                Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n.º 3.747, de 13 de Julho de 2004. 
                                                                                  Art. 1º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 1º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 2º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 2º.   (Revogado)
                                                                                  I  –  (Revogado)
                                                                                  II  –  (Revogado)
                                                                                  III  –  (Revogado)
                                                                                  Parágrafo único   (Revogado)
                                                                                  Art. 3º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 3º.   (Revogado)
                                                                                  a)   (Revogado)
                                                                                  b)   (Revogado)
                                                                                  c)   (Revogado)
                                                                                  Art. 4º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 4º.   (Revogado)
                                                                                  I  –  (Revogado)
                                                                                  II  –  (Revogado)
                                                                                  III  –  (Revogado)
                                                                                  Art. 5º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 5º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 6º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 6º.   (Revogado)
                                                                                  § 1º   (Revogado)
                                                                                  § 2º   (Revogado)
                                                                                  Art. 7º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 7º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 8º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 8º.   (Revogado)
                                                                                  Art. 13. 
                                                                                  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
                                                                                    Prefeitura Municipal de Erechim/RS, 29 de Dezembro de 2011.


                                                                                    Paulo Alfredo Polis
                                                                                    Prefeito Municipal


                                                                                      Registre-se e Publique-se
                                                                                                Data supra



                                                                                               Gerson Leandro Berti
                                                                                      Secretário Municipal de Administração