Lei Ordinária Municipal nº 3.539, de 26 de dezembro de 2002

Identificação Básica

Norma Jurídica

Lei Ordinária Municipal

3539

2002

26 de Dezembro de 2002

INSTITUI NO MUNICÍPIO DE ERECHIM, A CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA PREVISTA NO ARTIGO 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

a A
INSTITUI NO MUNICÍPIO DE ERECHIM, A CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA PREVISTA NO ARTIGO 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
    ELOI JOÃO ZANELLA, Prefeito Municipal de Erechim, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de atribuições conferidas pelo Artigo 64, Inciso V da Lei Orgânica do Município:
      FAÇO SABER que o Poder Legislativo aprovou, e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:
        Art. 1º. 
        Fica instituída no Município de ERECHIM a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - CIP, prevista no artigo 149-A da Constituição Federal.
          Parágrafo único  
          O serviço previsto no caput deste artigo compreende o consumo de energia destinada à iluminação de vias, logradouros e demais bens públicos, e a instalação, manutenção, melhoramento e expansão da rede de iluminação pública.
            Art. 2º. 
            É fato gerador da CIP o consumo de energia elétrica por pessoa natural ou jurídica, mediante ligação regular de energia elétrica no território do Município.
              Art. 3º. 
              Sujeito passivo da CIP é o consumidor de energia elétrica residente ou estabelecido no território do Município e que esteja cadastrado junto à concessionária distribuidora de energia elétrica titular da concessão no território do Município
                Art. 4º. 
                A base de cálculo da CIP é o valor mensal do consumo total de energia elétrica constante na fatura emitida pela empresa concessionária distribuidora.
                  Art. 5º. 
                  A alíquota de contribuição será de 5% (cinco por cento) de consumo mensal.
                    § 1º 
                    Estão isentos da contribuição os consumidores da classe residencial com consumo de até 50 kW/h e da classe rural.
                      § 2º 
                      Estão excluídos da base de cálculo da CIP os valores de consumo que superarem os seguintes limites:
                        a) 
                        classe industrial: 50.000 Kw/h/mês;
                          b) 
                          classe comercial: 10.000 Kw/h/mês;
                            c) 
                            classe residencial: 3.000 Kw /h/mês.
                              d) 
                              classe serviço público: 100.000 Kw/h/mês;
                                e) 
                                classe poder público: 10.000 Kw/h/mês;
                                  f) 
                                  classe consumo próprio: 7.000 Kw/h/mês.
                                    § 3º 
                                    A determinação da classe/ categoria de consumidor observará as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL - ou órgão regulador que vier a substituí-Ia.
                                      Art. 6º. 
                                      A CIP será lançada para pagamento juntamente com a fatura mensal de energia elétrica.
                                        § 1º 
                                        O Município conveniará ou contratará com a Concessionária de Energia Elétrica a forma de cobrança e repasse dos recursos relativos à contribuição.
                                          § 2º 
                                          O convênio ou contrato a que se refere o caput deste artigo deverá, obrigatoriamente, prever repasse imediato do valor arrecadado pela concessionária ao Município, retendo os valores necessários ao pagamento da energia fornecida para a iluminação pública e os valores fixados para remuneração dos custos de arrecadação e de débitos que, eventualmente, o Município tenha ou venha a ter com a concessionária, relativos aos serviços supra citados.
                                            § 3º 
                                            O montante devido e não pago da CIP a que se refere o "caput" deste artigo será inscrito em dívida ativa, 60 dias após à verificação da inadimplência.
                                              § 4º 
                                              Servirá como título hábil para a inscrição:
                                                I – 
                                                a comunicação do não pagamento efetuada pela concessionária que contenha os elementos previstos no art. 202 e incisos do Código Tributário Nacional;
                                                  II – 
                                                  a duplicata da fatura de energia elétrica não paga;
                                                    III – 
                                                    outro documento que contenha os elementos previstos no art. 202 e incisos do Código Tributário Nacional.
                                                      § 5º 
                                                      Os valores da CIP não pagos no vencimento serão acrescidos de juros de mora, multa e correção monetária, nos termos da legislação tributária municipal.
                                                        Art. 7º. 
                                                        Fica criado o Fundo Municipal de Iluminação Pública, de natureza contábil e administrado pela Secretaria da Fazenda Municipal.
                                                          Parágrafo único  
                                                          Para o Fundo deverão ser destinados todos os recursos arrecadados com a CIP para custear os serviços de iluminação pública previstos nesta Lei.
                                                            Art. 8º. 
                                                            O Poder Executivo regulamentará a aplicação desta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da sua publicação.
                                                              Art. 9º. 
                                                              Fica o Poder Executivo autorizado a firmar com a RGE Rio Grande Energia (Concessionária de Energia Elétrica) o convênio ou contrato a que se refere o art. 6°.
                                                                Art. 10. 
                                                                Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação revogadas as disposições em contrário.
                                                                  PREFEITURA MUNICIPAL DE ERECHIM/RS, 26 DE DEZEMBRO DE 2002.



                                                                  ELOI JOÃO ZANELLA
                                                                  Prefeito Municipal


                                                                    Registre-se e publique-se
                                                                               Data supra



                                                                       ADEMAR DE GERONI
                                                                    Sec. Mun. de Administração